Para: P.
Nunca gostei de partidas, afinal despedidas não me agradam, mas sei que pretendes fazer uma longa viagem e sei que, meu companheiro e amigo, talvez, emudeças...
Não quero imaginar que nunca mais nos encontraremos, prefiro achar que nossas almas podem flutuar enquanto estamos aqui e, de mão dadas, tocarem esses corpos em que habitamos.
O cheiro dessa noite clara sorri, estou olhando para a lua e não a estou estou enxergando, nem mesmo o céu de verdade. Porque me enganar, não?
Só consigo lembrar quando sorrindo tinha mil luas na cabeça e teus olhos eram constelações, queríamos ser os primeiros, mas nunca seremos nem mesmo os últimos a fechar nossos olhos e segurarmos nossas mãos como se nunca mais fôssemos nos separar.
Sento-me num banco, essa noite, e olho as luzes da rua, são multicoloridas e só me lembram crianças sorrindo, acho que deveria sorrir também, não?
Mas, infelizmente, meus lábios estão trêmulos e meus olhos rasos...
Então, só queria te dizer mais uma coisa: Sinto sua falta.
Sentada aqui,
Due.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirme fez recordar de coisas ...
ResponderExcluirlindo
ResponderExcluirSentado aqui, entre um abismo e outro eu balanço os pés, nem sei se quase vôo ou quase estanco, mas algo menos denso do que o céu me faz sentir sem ti, fora isto tudo mais é tua presença insustentável...
ResponderExcluirSentado aqui, entre um abismo e outro eu balanço os pés, nem sei se quase vôo ou quase estanco, mas algo menos denso do que o céu me faz sentir sem ti, fora isto, tudo mais é tua presença insustentável...
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